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Ataques russos deixam 12 mortos na Ucrânia e EUA pressionam Zelensky a fechar acordo envolvendo minérios

Em paralelo, o enviado especial de Trump à Ucrânia chamou Zelensky de 'líder corajoso', após uma semana marcada por críticas da Casa Branca.

Publicada em 22/02/25 às 10:48h - 33 visualizações

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Ataques russos deixam 12 mortos na Ucrânia e EUA pressionam Zelensky a fechar acordo envolvendo minérios
 (Foto: Rádio Rir Brasil - Brasília - Direção: Ronaldo Castro 61 99808 5827)
Zelensky se encontrou com o enviado de Trump à Ucrânia, Keith Kellogg, na quinta-feira - (crédito: EPA)

Doze civis foram mortos ao longo do último dia em ataques russos na Ucrânia, nos quais residências e instalações de infraestrutura foram atingidas, de acordo com autoridades ucranianas.

Os recentes ataques aconteceram no fim de uma semana de forte turbulência política, após o presidente dos Estados UnidosDonald Trump, decidir iniciar negociações de paz com a Rússia sem a participação da Europa, nem sequer da própria Ucrânia.

A abordagem gerou mal-estar com líderes europeus e desavenças com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que chegou a ser chamado de "ditador" por Trump no início da semana (veja mais abaixo nesta reportagem a cronologia da crise).

Nesta sexta-feira (21/2), no entanto, o enviado especial dos EUA à Ucrânia, Keith Kellogg, adotou um tom diferente de Trump, e chamou Zelensky de "líder corajoso", afirmando que os dois tiveram "discussões positivas" em Kiev na véspera. Em pronunciamento à nação, Zelensky declarou, por sua vez, que o encontro havia restaurado a "esperança".

Em paralelo, a Casa Branca instou Zelensky a fechar um acordo sobre o acesso dos EUA aos minerais estratégicos da Ucrânia — um "acordo" que Trump disse que refletiria a quantidade de ajuda que os EUA forneceram à Ucrânia desde a invasão da Rússia em 2022, e que Zelensky rejeitou na quarta-feira.

Há informações ainda de que os EUA e a Rússia estariam avaliando a possibilidade de uma reunião entre Trump e o presidente russo, Vladimir Putin, mas o Kremlin afirmou que nenhuma decisão foi tomada ainda.

Enquanto isso, os EUA estão se opondo a chamar a Rússia de "agressor" em uma declaração do G7, grupo formado pelas sete maiores economias do mundo, para marcar três anos da invasão em grande escala da Ucrânia, conforme noticiou a imprensa internacional.

Discussões 'extensas e positivas'

Zelensky e Keith Kellogg
EPA
Zelensky se encontrou com o enviado de Trump à Ucrânia, Keith Kellogg, na quinta-feira

O enviado especial de Donald Trump à Ucrânia, Keith Kellogg, disse que teve discussões "extensas e positivas" com Zelensky na quinta-feira.

"Um dia longo e intenso com a alta liderança da Ucrânia. Discussões extensas e positivas com Zelensky, o líder combativo e corajoso de uma nação em guerra e sua talentosa equipe de segurança nacional", escreveu ele nas redes sociais.

Estes são os primeiros comentários de Kellogg sobre o encontro com Zelensky desde que a imprensa — incluindo a BBC — se reuniu para uma entrevista coletiva da dupla logo após a reunião, mas que foi cancelada no último minuto.

Em pronunciamento na noite de quinta-feira, o presidente da Ucrânia afirmou que o encontro com Kellogg restaurou a "esperança".

"Precisamos de acordos sólidos com os Estados Unidos, acordos que realmente funcionem", ele disse.

"Os interesses econômicos e os interesses de segurança devem sempre andar de mãos dadas. E os detalhes do acordo são importantes. Quanto melhor os detalhes forem elaborados, melhor será o resultado", acrescentou.

Zelensky afirmou que conversou com Kellogg sobre a linha de frente de combate e "a necessidade de libertar todos os nossos prisioneiros de guerra" mantidos na Rússia.

Ele disse que há necessidade de um "sistema confiável e bem definido de garantias de segurança para que a guerra não retorne, e os russos não possam mais mutilar vidas. Todos nós precisamos de paz — Ucrânia, Europa, América — todos no mundo".

EUA fazem pressão por acordo de mineração

Em paralelo, o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Mike Waltz, afirmou na quinta-feira que Zelensky precisa retornar à mesa de negociações e fechar um acordo sobre o acesso dos EUA aos minerais de terras raras da Ucrânia.

Na quarta-feira, Zelensky rejeitou a proposta americana, depois que Trump disse que queria um "acordo" que refletisse a quantidade de ajuda fornecida à Ucrânia pelos EUA.

Waltz disse ainda que a Casa Branca estava "muito frustrada" com Zelensky, depois que o presidente ucraniano lançou insultos "inaceitáveis" contra Trump no início da semana.

"Apresentamos aos ucranianos uma oportunidade realmente incrível e histórica", afirmou o conselheiro, acrescentando que seria "sustentável" e "a melhor" garantia de segurança que a Ucrânia poderia esperar.

Mas Zelensky recusou a oferta, dizendo: "Não posso vender nosso Estado".

Trump vai se reunir com Putin?

Putin e Trump se encarando
Reuters
EUA e a Rússia estariam avaliando a possibilidade de uma reunião entre Trump e Putin

Nenhum acordo foi firmado ainda para uma reunião entre os presidentes da Rússia e dos EUA, de acordo com o Kremlin.

"Ainda não há nada específico sobre uma reunião entre Putin e Trump. Há um entendimento de que isso é necessário", disse o porta-voz Dmitry Peskov durante uma coletiva de imprensa diária.

A declaração foi feita um dia após o secretário de Estado americano, Marco Rubio, dizer que os dois lados só se reuniriam se fizessem avanços para acabar com a guerra na Ucrânia.

Perguntado por um jornalista sobre "a sensação de que o governo Trump se tornou a favor da Rússia e contra a Ucrânia", Peskov respondeu: "Essa sensação é incorreta".

"O presidente Putin continua aberto a uma solução para a Ucrânia por meio de negociações pacíficas."

Ao falar sobre a guerra com a Ucrânia, ele disse: "É muito cedo para resumir os resultados. A operação militar especial continua. Todos os objetivos estabelecidos pelo chefe de Estado devem ser alcançados".

Ele também negou os relatos de que a Rússia exigiu a retirada das tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) do leste europeu durante as recentes conversas com os EUA na Arábia Saudita.

EUA se opõem a chamar a Rússia de 'agressor'

De acordo com a imprensa internacional, os EUA estão se opondo a chamar a Rússia de "agressor" em uma declaração do G7 que marca o terceiro aniversário da invasão em grande escala da Ucrânia.

Este é mais um sinal da divergência entre o governo de Donald Trump e as nações ocidentais que apoiam a Ucrânia.

Uma reportagem do Financial Times citou autoridades ocidentais não identificadas dizendo que representantes dos EUA se opuseram ao termo "agressão russa" e a expressões semelhantes que têm sido usadas rotineiramente pelos aliados da Ucrânia, incluindo no G7.

"Os americanos estão obstruindo essa linguagem, mas ainda estamos trabalhando nisso, e esperamos chegar a um acordo", disse a fonte ao Financial Times.

A rede americana CNN também noticiou que os EUA estão se opondo à linguagem que culpa a Rússia pela guerra, e citou uma autoridade dizendo que "há muita preocupação com o equívoco de quem é responsável pela guerra".

A Rússia entrou para o G7 na década de 1990, mas foi removida do grupo depois que Moscou anexou a península da Crimeia e partes da região oriental de Donbas, na Ucrânia, em 2014.

No início de fevereiro, Trump disse que a Rússia deveria ser admitida novamente: "Eu adoraria tê-los de volta. Acho que foi um erro expulsá-los".

Na ocasião, as declarações chocaram alguns dos outros membros do G7, com o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, dizendo que o retorno da Rússia ao grupo era "inimaginável".

Como foram os últimos ataques à Ucrânia

Bombeiros apagam incêndio em meio a escombros de uma casa após o bombardeio russo na cidade de Sloviansk, Ucrânia, em 21 de fevereiro de 2025
Getty Images
Destruição causada após bombardeio russo na cidade de Sloviansk, na Ucrânia

Enquanto isso, os combates continuam no campo de batalha, com o Exército ucraniano dizendo que respondeu a um ataque russo de 160 drones e dois mísseis durante a noite.

Ao longo do último dia, doze civis foram mortos e outros seis ficaram feridos em ataques russos na Ucrânia, de acordo com as autoridades ucranianas.

Dezenas de residências foram danificadas e infraestruturas foram atingidas nas regiões de Donetsk, Kherson, Nikopol e Zaporizhzhia, segundo autoridades locais.

Os ataques russos também atingiram instalações de infraestrutura e linhas de energia nas regiões de Kiev e Potlava, mas nenhum civil ficou ferido, de acordo com as autoridades.

A Força Aérea da Ucrânia afirma ter abatido 87 dos 160 drones russos lançados durante a noite. Segundo eles, 70 desapareceram das telas de radar, e não causaram danos.

Os militares russos ainda não se pronunciaram sobre os ataques.

A cronologia da crise

A decisão de Trump de buscar a paz na Ucrânia sem o envolvimento direto da Europa, ou sequer de Kiev, levou a mais de uma semana de turbulência política.

A seguir, está uma breve cronologia do que aconteceu, dia após dia:

12 de fevereiro: Após um telefonema, Trump disse que ele e Putin concordaram em iniciar negociações para acabar com a guerra na Ucrânia. O secretário de Defesa americano, Pete Hegseth, sugeriu que Kiev precisaria ceder território à Rússia em um acordo de paz.

13 de fevereiro: O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que a Ucrânia não concordaria com nenhum acordo de paz elaborado sem o seu envolvimento — os aliados europeus o apoiaram.

14 de fevereiro: O vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, usou seu discurso na Conferência de Segurança de Munique para criticar duramente as democracias europeias, ignorando quase totalmente a Ucrânia.

15 de fevereiro: Na mesma conferência, Zelensky pediu a criação de um "Exército da Europa", já que a "antiga" relação do continente com os EUA estava chegando ao fim. Os EUA anunciaram negociações de paz na Arábia Saudita entre delegações de Washington e Moscou.

16 de fevereiro: Líderes europeus marcaram uma reunião de última hora em Paris sobre a guerra na Ucrânia.

17 de fevereiro: O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse que qualquer acordo de paz na Ucrânia exigiria uma "garantia de segurança dos EUA" para deter a Rússia. Mas ele também afirmou que a Europa "teria que fazer mais" para defender Kiev.

18 de fevereiro: Trump culpou falsamente Zelensky por iniciar a guerra, que começou após uma invasão russa em grande escala em fevereiro de 2022.

19 de fevereiro: Em resposta à declaração, Zelensky disse que Trump estava vivendo em um "espaço de desinformação" criado por Moscou — Trump, então, revidou, chamando Zelensky de "ditador".

20 de fevereiro: Aliados europeus — incluindo Starmer — condenaram as declarações de Trump, e apoiaram Zelensky. Trump continuou "muito frustrado" com o presidente da Ucrânia, mas Zelensky disse que uma reunião com um enviado especial dos EUA "restaurou a esperança".

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